Como a qualidade nas esquadrias está se fortalecendo?
- 11 de nov.
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Atualizado: 11 de nov.

Neste ano a Contramarco completou 25 anos! Que alegria, que orgulho! Parabéns à família Tavares e toda a equipe envolvida, representada aqui pelo editor Tom Ceravolo (meu contato desde o primeiro ano) para que estes 25 anos chegassem trazendo realizações, relacionamentos, alegrias e um setor muito mais forte!
Há 25 anos, o mercado de esquadrias não era o mesmo de hoje! Quem falava em atendimento às normas técnicas de esquadrias, vidros, componentes, guarda-corpos? Sim, já tínhamos a norma de esquadrias, a ABNT NBR 10821, cuja primeira versão data de 1989 e o seu título era “Caixilhos para edificação - Janelas - Especificação". Esta norma veio para unificar e substituir as normas que tratavam das janelas de cada material:
NBR 6485/1980: Caixilhos para edificações - Janela de madeira - Especificação
NBR 6486/1980: Caixilhos para edificações - Janela de ferro - Especificação
NBR 6487/1980: Caixilhos para edificações - Janela de alumínio - Especificação
NBR 6488/1980: Caixilhos para edificações - Janela de plástico rígido - Especificação
De olho no desempenho
Hoje é praticamente impossível pensar em uma norma que trate do material e não do desempenho da esquadria. O nome esquadria abrange muito mais do que realmente se destina, e agora fica claro que se refere às janelas, portas e fachadas!
Os ensaios eram realizados em apenas dois laboratórios IPT e Falcão Bauer, e existiam limite de dimensões da esquadria a ser ensaiada, portanto realmente só eram ensaiadas janelas!
A norma de guarda-corpos só foi publicada em 2001. Em 2011 foram publicadas as ABNT NBR 15969 partes 1 e 2 (roldana e escova de vedação) e em 2017 foram publicadas as partes 3 e 4 (fecho e articulação), que vieram para normatizar especificamente os componentes de esquadrias, através da avaliação de desempenho dos mesmos, que antes estavam cobertos por normas mais genéricas.
A norma de vidros para construção civil ABNT NBR 7199 teve sua origem da NB-226 (publicada em 1973) e foi publicada em 1989. Esta versão se consolidou e foi utilizada pelo setor por décadas, e em subitens citados nesta norma estavam as famosas regras para a utilização de vidros de segurança em guarda-corpos, coberturas e aplicações abaixo de 1,10 m, que até hoje são negligenciadas em alguns empreendimentos.
Em 2016, esta norma foi revisada, com novos métodos de cálculo de espessura e as regras para a obrigatoriedade do uso de vidros de segurança ficou mais clara e apresentada em forma de Tabela. Agora em 2025 a norma foi novamente revisada em relação a vários critérios, entre eles a retirada do vidro laminado da classificação de vidro de segurança, permanecendo o temperado e o laminado e reforçando as exigências para portas e áreas adjacentes.
Todas estas revisões e elaborações de normas eram escritas em Comissões de Estudos Especiais da ABNT, a CEE 191 e a CEE 188. Em 2020 foi criado o Comitê Brasileiro de Esquadrias, Componentes e Ferragens em Geral, o CB-248, que centralizou e deu mais força aos temas de esquadrias, ferragens e guarda-corpos dentro da estrutura da ABNT.
Qualidade em foco
Em meio às revisões de todas estas normas do setor, surgiram os programas da qualidade de esquadrias e componentes. Tanto por Qualificação pelo PBQP-H ou por Certificação pelo Inmetro dentro do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade (SBAC), hoje janelas, portas, fachadas, fechos, roldanas, articulações, vidros temperados e vidros laminados podem demonstrar o atendimento às normas técnicas aos seus consumidores - e isso foi uma conquista dos últimos 25 anos!
O IBELQ tem apenas 11 anos, mas suas diretoras acompanham o setor há mais de 25 anos e viram os fabricantes de esquadrias, componentes e vidros, consultores, construtores e a CONTRAMARCO passarem por todas estas etapas. Isso nos deixa muito, muito felizes e com vontade de seguir sempre em frente ajudando na luta da melhoria do setor!!!
Confira a reportagem original na edição 176 da revista CONTRAMARCO:



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